O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sediou em Parintins o I Fórum Aquaviário, um evento de grande importância para a Região Amazônica. O encontro reuniu, entre os dias 8 e 10 de maio, superintendentes regionais da autarquia e diversas autoridades do setor aquaviário, proporcionando uma plataforma para discutir soluções inovadoras e políticas favoráveis ao desenvolvimento econômico da região.
Durante o evento, o diretor de Infraestrutura Aquaviária, Erick Moura, destacou a estrutura da Diretoria, e apresentou os principais projetos em andamento e as previsões orçamentárias para o setor. Moura destacou os números do ano anterior: 2,6 milhões de m3 dragados em hidrovias; 1,877 km de manutenção da sinalização; 3.327 km de hidrovias com contrato de monitoramento; 131.414,75 km de batimetrias realizadas; R$ 46 milhões de investimentos em operações de manutenção de eclusas, mais de 3.800 eclusagens e 1,19 mil toneladas de material transportados; construção de quatro Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4) em andamento e duas concluídas em 2024 (Envira e Barcelos) e, ainda, R$ 110 milhões investidos na operação e manutenção de 76 portos. Por fim, mencionou os serviços de dragagem emergencial na Região Amazônica: Tabocal – Foz do Rio Madeira, Coari-Codajás e Tabatinga-Benjamin Constant.
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O fórum abordou também as adversidades climáticas que impactaram a navegação na bacia Amazônica em 2023, ressaltando a importância de estratégias para o setor. Entre as ações preventivas planejadas para este ano, destacam-se a realização de sondagens para identificar possíveis movimentações e mitigar os impactos da estiagem, com prioridade para atividades no Amazonas. Foi discutido o lançamento do edital de licitação para contratação de serviços de dragagem preventiva na região, juntamente com uma série de ações planejadas, como sinalização, estudos hidrológicos e monitoramento ambiental.
Durante o encontro, que contou com a participação da Prefeitura de Parintins, foi assinado, junto ao DNIT, um termo de cooperação técnica para ações do Porto Compartilhado. O acordo visa proporcionar acesso à infraestrutura portuária e destinar o espaço a uma variedade de atividades que atendam às necessidades e interesses da população local, promovendo um ambiente inclusivo e de convívio social. Parte do acordo inclui o retorno da operação de navios de cruzeiro, com a recuperação do sistema de boias de ancoragem no porto. A medida possibilitará que cerca de 10 mil turistas adicionais desembarquem todos os anos, impulsionando o turismo local.
Sede – Parintins foi escolhida como sede do evento devido à importância estratégica na navegação na Região Amazônica. A cidade abriga duas instalações portuárias do DNIT sendo reconhecida internacionalmente pelo potencial turístico, especialmente durante o Festival de Parintins, que atrai milhares de visitantes anualmente. O porto fluvial desempenha um papel fundamental como o segundo maior do estado e o maior do interior em movimentação de passageiros, beneficiando Amazonas, Pará, Rondônia e áreas do Norte do Mato Grosso.
